segunda-feira, 2 de março de 2015

António Costa não fala verdade quando diz que reduziu a divida da Câmara Municipal de Lisboa

António Costa tem um sério problema em falar verdade. 

Depois de em 20 de Julho de 1982, em conferência de imprensa na CML, ter afirmado que a partir dessa data os "terrenos do aeroporto são propriedade do estado, que, em contrapartida, assume o pagamento da dívida de médio e longo prazo do município, no valor de 286 milhões de euros", agora quer convencer os portugueses em geral e os lisboetas em particular, que é um génio da gestão autárquica, quando afirma que "Eu reduzi a dívida que herdei em 40%, o senhor primeiro-ministro aumentou em 18% a dívida que herdou (...) esta é a diferença de quem gere bem e de quem gere mal"

António Costa só se esqueceu de referir que para que tal proeza tenha sido possível o "Estado assumiu 43% da dívida da Câmara de Lisboa".

Sim é verdade, quem contribuiu para a redução da brutal divida da CML, foi o Governo de Pedro Passos Coelho, não tendo António Costa mexido uma palha para tal redução!

Para aqueles que têm memória curta, a história explica-se de forma simples.

O estado pagou à CML em 1982, 286 milhões de euros, (relativos maioritariamente aos terrenos do aeroporto, mas também à Parque Expo, entre outros assuntos), com a condição do valor se destinar ao abate da dívida (assumindo o estado na prática 43% da divida da Câmara). Desta forma o governo encerrou a questão da expropriação dos terrenos do Aeroporto de Lisboa, feita em 1942 por Duarte Pacheco na dupla qualidade de Ministro das Obras Públicas e Presidente da CML e que começou com o processo judicial movido em 1989, pelo então Presidente da CML, Kruz Abecassis, sobre a titularidade dos terrenos do aeroporto.

A mais esta tirada de quem quer ser primeiro ministro, mas continua sem apresentar propostas ao país e a enganar os portugueses, omitindo a verdade, chama-se desonestidade politica, arma de arremesso e baixa politica

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