quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

O sindicalismo português no seu melhor

Defender os direitos dos outros é fácil. Se a situação presente fosse numa empresa privada, o sindicato já tinha convocado um plenário de trabalhadores para estabelecer formas de luta na defesa dos direitos da trabalhadora, que invariavelmente terminaria na convocação de uma greve, convocava a comunicação social e já teria muito provavelmente recorrido aos tribunais.  A coisa complica-se é quando temos que agir sobre os direitos daqueles que são nossos empregados.


Esta funcionária passa as manhãs sentada numa cadeira à porta do sindicato onde trabalha, na cidade do Porto, pois está impedida de entrar ao serviço, pela direcção do sindicato, durante a manhã. Estamos em Janeiro e as temperaturas no Porto durante a manhã provavelmente não passaram dos 5º. Com todas as razões que o sindicato pudesse ter (o que não parece ser o caso), obrigar alguém a ficar na rua, uma manhã inteira ao frio e à chuva, é desumano, ainda por cima quando o que está em causa é o direito de amamentar um bebé.

É caso para perguntar onde andam o Carvalho da Silva, o Arménio Carlos e a grande defensora dos trabalhadores Ana Avoila, que tanto gostam de aparecer a defender os direitos e as conquistas dos trabalhadores, principalmente se ao mesmo tempo puderem dizer mal dos patrões ou dos governos.

Sem comentários: