segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

A EMEL e a reabilitação do elevador do Bairro Santos

Num extenso artigo de opinião, publicado este Sábado no Público, o ex-Vereador com o pelouro da Mobilidade e Infra-estruturas Viárias da CML no mandato anterior e actual membro da Assembleia Municipal de Lisboa, eleito pelo PS, Fernando Nunes da Silva, vem agora acusar a EMEL de incompetência, quando a empresa estava sob a sua alçada.

Estará o ex-vereador a assumir a sua incompetência e mau trabalho nos 4 anos em que teve responsabilidades na CML?

Ou será que quando afirma que "a CML deu orientações precisas à EMEL para avançar com um conjunto de importantes projectos" mas que "a resistência à mudança por parte da direcção da EMEL – mau grado o empenho e os esforços dos dois vogais do seu conselho de administração – conduziu ao sucessivo protelamento da concretização de todos estes projectos. Apesar da invejável saúde financeira da empresa, a EMEL preferiu optar por depósitos a prazo em vez de realizar estes projectos, ao mesmo tempo que se furtava ao pagamento anual da renda de concessão à CML", assume que a EMEL, enquanto empresa municipal tutelada pela CML, não só não cumpriu as suas orientações, como também não cumpriu com as obrigações a que está obrigada para com a Câmara, além de a equipa que a dirigiu nos últimos anos, não ser uma equipa coesa?

De tudo isto só se pode concluir que o Senhor ex-Vereador deixou a EMEL ser gerida num sistema de auto gestão e que apenas após deixar o cargo de Vereador é que se vem queixar do mau desempenho da EMEL, que é ao mesmo tempo confissão do péssimo serviço que prestou a Lisboa, enquanto foi Vereador desta cidade.

Mas neste artigo de opinião ficamos a saber, algo que nunca o Senhor ex-Vereador tornou publico, mau grado os inúmeros protestos e reclamações, quer da população, quer dos autarcas da Freguesia de Nossa Senhora de Fátima (Junta e Assembleia de Freguesia) de todos os partidos,  sobre o mau funcionamento dos elevadores do Bairro Santos.

Afirma o Senhor ex-vereador que no seu mandato "a CML deu orientações precisas à EMEL para avançar com  ...a reabilitação do elevador do bairro de Santos sobre a linha ferroviária de Cintura no Rego". Desta afirmação não podem restar dúvidas de quem é a responsabilidade sobre este equipamento, tão necessário para a população do Bairro Santos e que infelizmente ao longo dos anos a CML tem descuidado, levando a que só muito excepcionalmente os dois elevadores existentes no local se encontrem em funcionamento, quando não estão os dois parados, situação infelizmente muito frequente.

É preciso não esquecer, que nunca a CML assumiu plenamente as suas obrigações nesta passagem aérea sobre a linha de comboio, e que desde há muitos anos foi a Junta de Freguesia de Nossa Senhora de Fátima, que a expensas próprias, efectuou muitas das reparações para que o equipamento se mantivesse a funcionar e que foi a mesma Junta e agora a das Avenidas Novas, que suportam o pagamento dos vigilantes existentes no local.

É pois o momento de pedir justificações ao actual membro da Assembleia Municipal, quer pelo estado de auto gestão a que deixou a EMEL chegar, mas também pelo estado de degradação e mau funcionamento em que permanentemente se encontram os elevadores do Bairro Santos. À actual vereação Municipal impõe-se que se pronuncie sobre o que pretende fazer, para de uma vez por todas resolver o problema das constantes avarias dos elevadores do Rego.

Curiosamente ao consultar no site da CML, a composição da actual vereação e quais os pelouros de cada vereador, reparo que a mobilidade e infra-estruturas viárias, ou deixou de ser uma prioridade desta vereação, pois não consta como responsabilidade de nenhum vereador, ou António Costa, reconhecendo a incompetência dos seus vereadores (anteriores e actuais) em lidar com esta área, preferiu assumir ele próprio o desafio. Vamos ver se assim as diversas questões que têm sido colocadas pela população, Associação de Moradores das Avenidas Novas e autarcas da Freguesia, têm não só respostas concretas, mas principalmente se as Avenidas Novas deixam de ser vistas como cobaias de experiências do Prof Nunes da Silva e da sua "brilhante" equipa e passam a ter uma estabilidade da rede viária, por todos desejada.

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